segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nosso seminário!




Finalmente apresentamos nosso seminário sobre o livro Pragmática do Jornalismo, do tio Chaparro. Essa obra faz parte da bibliografia básica de nosso TCC, por isso é tão importante devorarmos todas as palavras dele. Foram semanas e mais semanas de leitura e interpretação deste livro que, na nossa opinião, é muito complexo e, apesar disso, indispensável para qualquer aluno ou profissional de Jornalismo. Chaparro fala muito sobre a ética - e falta dela - na profissão, dá exemplos concretos de manipulação e mais um monte de coisas que nos fazem refletir sobre nossa futura profissão.

Nosso grupo montou um resuminho básico sobre a obra e distribuiu para todos os grupos da sala se orientarem melhor na hora da apresentação. O texto era este:

A obra de Manuel Carlos Chaparro propõe uma maneira de fazer jornalismo baseada na ética profissional e no interesse dos leitores. Ele analisa o conteúdo informativo dos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo dos anos de 1991 e 1992. Nestes veículos, ele investiga as intenções que moldam os bastidores das redações e como a informação pode ser manipulada.

O livro é dividido em quatro partes e apresenta diversos exemplos do que se deve e do que não se deve fazer na profissão, baseando-se em notícias contraditórias, manipuladas de acordo com conveniências, censuradas pelo manual e com erros na apuração, o que faz derrubar o mito da neutralidade jornalística.

O termo pragmática origina-se do grego pragmatikós = relativo aos atos que devem ser feitos. A Pragmática é o ramo da ciência que se dedica à “análise das funções dos enunciados lingüísticos e de suas características nos processos sociais”. A conexão entre Jornalismo e Pragmática está no reconhecimento de que a utilização da língua não se reduz a produzir um enunciado, mas é a execução de uma ação social.

Em “Pragmática viva”, primeira parte da obra, o autor “disseca” notícias dos dois jornais observando critérios como relevância social, confronto de interesses e impacto. Na segunda parte do livro, intitulada de “O poder de (des)informar”, Chaparro fala sobre o poder do boato, a incompetência na apuração, as declarações em off e a capacitação de fontes no desenvolvimento de conteúdo jornalístico. Já em “O poder da norma”, ele desvenda o que há por trás das normas dos manuais de redação de ambos os jornais. E na última parte da obra, “Propostas Teóricas”, Chaparro relaciona a atividade jornalística aos padrões de ética e moral.


A Glória e a Fabi ficaram responsáveis pela primeira parte do livro, na qual são dados diversos exemplos de reportagens da Folha e do Estado que, basicamente, não devemos copiar. Trocando em miúdos: são informações com dados imprecisos, com interesses por trás, falta de apuração, pura incompetência técnica, e por aí vai. Só meleca. Só lendo pra ter noção do troço!

Falar da segunda parte, do poder de (des) informar, foi tarefa árdua para mim. Chaparro explica o poder que um boato exerce numa redação... sim, o boato é capaz de gerar manchetes, gerar pautas, gerar interesse no jornalista, gera tudo, até demissão. Mas o mais legal disso foi o caso da tubarão de Cananéia: êta bicho que deu trabalho! Não só pros jornalistas tontos que provaram que não sabem nem apurar a medida exata de um "bichinho" desses, mas também pro público, que até hoje não sabe se a tubarão tem 5 ou 7 metros, e se estava grávida ou tinha acabado de bater um rango. Devem estar até hoje perguntando pelo bebê... coitados! Em nosso fichamento, no link ali em cima, ao lado, você pode ler mais sobre esse e muitos outros casos cômico de nossa queridíssima mídia brasileira.

A Marina e a Fabi concluíram o nosso trabalho falando sobre os manuais de redação dos dois jornais e colocando o jornalismo sob a ótica da ética e da moral. E, é claro, apresentamos nossa conclusão acerca do trabalho e o professor Toninho, a dele: nota 10! Isso mostra que todo esforço vale a pena!

E vamos que vamos, com muita força na peruca, pois falta muito pouco para a pré-banca de nosso TCC! Desejem-nos boa sorte, pois precisaremos muito dela!

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