terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Fichamento: Jornalismo em revistas no Brasil: um estudo das construções discursivas em Veja e Manchete


Patrícia Ceolin Nascimento
São Paulo – Annablume, 2002
186 p; 11,5 x 20 cm
1ª edição: Julho de 2002



As revistas no Brasil
Breve história das revistas no país


Pg 15 – Primeira Revista
* Séculos XIX – 1ª revista brasileira. Eram definidas como ensaios ou folhetos.
1ª revista do Brasil -> As Variedades ou Ensaios de Literatura (1812). Editor: Manoel Antonio da Silva Serva (tipógrafo e livreiro português), em Salvador/Bahia.


Pgs 16 e 17 – Características e publicações
* O termo revista já existia desde 1704, quando Daniel Defoe (autor de Robinson Crusoe) lançou em Londres A Weekly Review of the Affairs of France.

* As Variedades ou Ensaios de Literatura só teve duas edições. Sem caráter noticioso.
Werneck Sodré: “a publicação propunha-se a divulgar discursos, extratos de história antiga e moderna, viagens, trechos de autores clássicos, anedotas etc. Característica de jornal eram muito vagas”.

* As primeiras revistas brasileiras eram publicações institucionais e eruditas. Alguns exemplos: “Revista da Sociedade Filomática ........... Revista Brasileira (1857)”

* Início do século XX as revistas começam a ganhar definição e espaço diferenciado em relação aos jornais (que deixam de ser literários e passam a ser imprensa). As revistas ficam mais literárias, mundanas e críticas. Exemplos dessa fase: “A Rua do Ouvidor (1900) ............. Selecta (1915)”

* Marco do jornalismo de revista: 1928 com a criação de O Cruzeiro, por Carlos Malheiros Dias. Junto com A Cigarra, integra o grupo de Assis Chateaubriand, o Diários Associados. Foi pioneira na reportagem e circulou até 1975.

* Revista Diretrizes – 1938 – por Samuel Weiner
Textos investigativos e críticos. Circulou até 1944 por causa da ditadura.

* Manchete – 1952 – Adolpho Bloch
Concepção moderna. Amplo espaço para fotos. Reportagens históricas.

* Realidade – 1966 – Editora Abril
Circulou até 1975 e atingiu 500 mil exemplares. Abordagem investigativa.

* Veja – 1968 – Editora Abril
1 milhão de exemplares. Lidera mercado das revistas semanais de informação.

* Istoé – 1976 – Mino Carta
* Época – 1998 – Editora Globo




Características do Veículo

Pgs 18 e 19 – Definição e segmentação
* Definição de revista: “Revista é uma publicação periódica de formato e temática variados.................. determinado assunto.”

* Outra característica: Segmentação. Segmentos de público possuem suas próprias publicações.

* M. Sodré, em A Comunicação do Grotesco – Introdução à Cultura de Massa Brasileira: “em todos os grupos a noção de catálogo tende a se sobrepor à idéia de notícias, uma vez que a produção editorial está comprometida com 3 elementos básicos: sucesso, sensação e relaxamento.”

* K.P. Vallada, em Revistas: Um produto, objeto e instrumento de marketing (1989): a revista pode ser dividida em quatro classes.




Sobre o Corpus da Pesquisa

Pg 22 - Manchete
* Manchete – 26/04/1952 – por Adolpho Bloch
Circulação Nacional
Teve edições semanais até Julho de 2000. A partir daí, a veiculação da revista foi suspensa. Em 2001, 4 edições especiais chegaram às bancas.
Revista “visual”, c 2/3 de suas páginas ocupadas por ilustrações, é mais “olhada” do que “lida”.


Pgs 22 e 23 - Veja
* Veja – 09/09/1968 – Ed. Abril
1 milhão e 100 mil exemplares.
Entre Maio e Junho de 1997, Veja representava 79% do segmento das revistas semanais de informação. Com o lançamento da Época, em 98, esse percentual caiu para 66%.




Cap I – O Jornalismo nas Teorias de Comunicação

Pgs 27 e 28 – Indústria Cultural
* Fundamentos da Escola de Frankfurt: baseiam-se em uma concepção marxista da sociedade e abordam a questão da produção dos bens culturais a partir de um sistema social marcado pela “luta de classes”. A esse sistema de produção de bens culturais deu-se o nome de indústria cultural.

* T. W. Adorno e M. Horkheimer – principais expoentes da escola.




Capítulo V – O Discurso: da Leitura à Cenografia

Pgs 78 e 79 - Prática
* Começam as comparações e análises na “prática” com as revistas Veja e Manchete: editorias constantes e não constantes, publicidade, reportagem de capa, tiragem, títulos, linguagem etc.


Pg 173 - Resultado
* Considerações Finais da autora